Conceitos Básicos de Libertação e Mapeamento Espiritual
Libertação
Introdução
Precisamos entender de forma correta o conceito de libertação, para que
possamos usufruir de seus benefícios em nossa vida.
Libertação nos últimos
anos tem sido uma área da igreja muito distorcida por lideres e como conseqüência
dessa distorção passou-se a existir uma resistência da parte de muitos irmãos
na igreja.
Essa falta de
entendimento por parte da igreja tem impedido muitas pessoas de serem ajudadas
a resolver questões espirituais e emocionais, através da aplicação inteligente
de princípios de Deus para que sejamos realmente livres.
“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”(Jo
8:32)
Todo o processo de
libertação é fundamentado em verdades divinas ensinadas na sua palavra. Quando
Jesus declarou essas palavras ele estava em meio a um debate com alguns judeus
que não conseguiam entender do que deveriam ser livres veja o que eles
disseram:
“Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão, e jamais
fomos escravos de alguém; como dizes tu: Sereis livres?” (Jo 8:33)
Essa
é a mesma atitude de muitos irmãos na igreja, quando falamos que precisam de
libertação ficam ofendidos, pois, associam a libertação com estar endemoninhado
e dizem: “não preciso de libertação eu sou filho de Deus, sou nova criatura as
coisas velhas passaram e eis que tudo se fez novo.” (II Co 5:17). Mas Jesus diz
algo esclarecedor:
“Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que
todo aquele que comete pecado é escravo do pecado” (Jo 8:34)
Ao
entendermos essa verdade somos confrontados da mesma forma que os homens que
queriam apedrejar a mulher flagrada em adultério. (Jo 8:7-9).
O
texto diz que eles foram acusados pela própria consciência, da mesma forma que
somos confrontados quando agimos de forma sincera e transparente diante de Deus
em relação aos nossos pecados.
A
realidade é que muitos na igreja estão vivendo um ciclo de derrota e fracasso diante
de pecados destruidores que não conseguem vencer e se ver livres.
Toda
libertação deve ser justificada por sintomas, áreas da vida que temos
consciência que não estão saudáveis e fluindo como deveriam.
Creio
ser quase impossível uma pessoa fazer uma avaliação sincera e profunda de sua
vida e não encontrar alguns sintomas reais que justifiquem o processo de
libertação.
Para
que possamos entender melhor todo o processo de libertação vamos definir seus
conceitos começando pelo que não é libertação e depois pelo que realmente é
libertação.
O que a libertação não é?
1 – Libertação não é simplesmente uma
oração mágica com resultados imediatos – Muitos acreditam que libertação é
receber uma oração “poderosa” de algum “grande homem de Deus” que todos os seus
problemas vão desaparecer imediatamente.
2 – Libertação não é simplesmente
expulsar demônios de forma irresponsável – Muitos acreditam que libertação é o
ato de invocar e expulsar demônios da pessoa ministrada, sem se preocupar com
os motivos que aqueles demônios estão ali, basta mandar sair e a pessoa esta
liberta.
3 – Libertação não é simplesmente
eliminar os sintomas – Muitos acreditam que se os sintomas que causam o “mal
estar” sumirem estão libertas, não sendo necessário lidar com as causas.
4 – Libertação não é simplesmente
quebrar por quebrar uma maldição – Muitos acreditam que fazer uma oração
quebrando toda maldição vai resolver o problema, as vezes como uma oração
superficial que não aprofunda nas causas dessas maldições.
5 – Libertação não é um fim em si
mesma – Muitos acreditam que depois que passaram por uma libertação não
precisam fazer mais nada na vida cristã, tudo virá como resultado da
libertação.
O que é libertação?
Libertação
é o processo inteligente de aplicar princípios de Deus de forma contextualizada
e personalizada na vida de cada pessoa nascida de novo, para descobrir e
destruir as estruturas demoníacas que estão agindo e está impedindo a pessoa de
viver plenamente o evangelho em todas as áreas da sua vida.
Na
libertação estamos lidando com questões espirituais e emocionais (que também
são portas para demônios), trabalhando com as causas e não com sintomas.
Libertação
é um direito de todo filho de Deus, foi conquistada na cruz pelo nosso Senhor
Jesus Cristo (Is 53 e Jo 8:36), mas para que possamos receber seus benefícios
em nossa vida precisamos levar as maldições e pecados até a cruz através do
processo de crucificação, que vamos falar mais adiante.
Enquanto
não entendermos esse processo não seremos livres de tudo o que nos impede de rompermos,
por isso, dentro da igreja muitos vivem uma vida presa em cadeias, convivendo
com demônios, acostumados com a mediocridade em sua vida, acreditando ser
normal.
Ficamos
impressionados com a passividade que algumas pessoas dentro da igreja estão
lidando com os demônios que as afligem, vendo sua vida e família debaixo de um
jugo maligno, e não fazendo nada para mudar esse quadro, muitas vezes por não
saber o que fazer e outras vezes por não querer fazer o que é necessário:
humilhação, confissão e arrependimento.
Diagrama da libertação
Analisando o diagrama da libertação
Sintomas de Maldição
Não podemos
menosprezar o poder destrutivo do pecado. Pecados e iniqüidades não confessados
e não resolvidos devidamente pelo sacrifício de Jesus, seja em relação a nós ou
a nossos pais, impõem um jugo de maldições.
A presença de
maldições e demônios é sempre amparada por sintomas significativos. Um sintoma
real de maldição é a grande premissa para uma libertação. Cada sintoma oferece
uma mensagem que deve ser discernida.
Sintomas que evidenciam a existência de maldições
1 – Legado familiar de feitiçaria – Em cada geração, uma ou mais
pessoas se envolvem com o ocultismo, magia, bruxaria, satanismo e sociedades
secretas. Como sintoma pessoas desde crianças apresentam dons sobrenaturais,
como premonição, visão de espíritos, audição de vozes, desdobramento (viagem astral),
adivinhação, incorporação e outras formas de mediunidade. Existe uma forte
atração pelo ocultismo.
2 – Enfermidades repetidas ou crônicas sem diagnóstico
médico claro, especialmente de caráter hereditário. Muitas enfermidades estão relacionadas
a uma herança espiritual, filhos repetem as mesmas enfermidades dos pais mais
ou menos com a mesma idade. Outras a pactos feitos com demônios através rituais
como trabalhos de macumba, cirurgia espiritual e etc.
3 – Esterilidade – Tendências ao aborto, esterilidade
espiritual e profissional. Pessoas que vêem seus sonhos e projetos abortados,
tudo que tocam morre.
4 – Quadro de desintegração familiar – Cadeias de adultérios, separação
conjugal e divórcio, inimizades na família, inversão de papéis entre marido e
mulher e etc.
5 – Insuficiência econômica contínua – Principalmente quando as entradas
parecem ser suficientes. Casos de perdas, roubos, avareza, dividas constantes.
Casos de falência na família, pais e avós que eram ricos e perderam tudo de uma
hora para outra, etc.
6 – Situação crônica de perdas repentinas, acidentes e
cirurgia freqüentes. Pessoas que vêem familiares morrerem de forma prematura e
muitas vezes parecida.
7 – História de suicídios na família – Forte sentimento de fracasso,
depressão, apatia crônica, medo e etc.
8 – História de homicídios e crimes na família – Perigos de morte, ódio
descontrolado, pensamento de causar o mal ou a morte de pessoas, tendências ao
crime.
9 – Insanidade e colapsos mentais – Desintegração psicoemocional causando
internamento, depressão, múltiplas personalidades, crises de loucura, tristeza
crônica, solidão, neuroses, fobias, pânico, colapso nervoso e etc.
10 – Problemas anormais e desvios na área sexual – Todo sexo fora do casamento e toda
relação sexual que não seja da forma natural entre um homem e uma mulher.
11 – Transferência familiar de comportamentos e vícios – Filhos que repetem as mesmas
atitudes e vícios de seus pais.
12 – Cadeias pecaminosas de caráter
hereditário – Quando se percebe um percentual de pessoas da família com
determinado problema, por exemplo, 90% dos homens da família são alcoólatras.
Mapeamento Espiritual
Mapeamento
espiritual é o processo de encontrar as verdadeiras causas relativas aos
sintomas apresentados. O mapeamento é a estrada que liga os sintomas as
verdadeiras causas.
A
interpretação correta dos sintomas através do mapeamento deve nos levar às
verdadeiras causas de perseguições espirituais. Quando existe um sintoma
evidente de perseguição espiritual ou maldição, certamente existe uma causa que
o sustenta. Falhas nesse processo comprometem os resultados da libertação.
Um dos mais
importantes aspectos da intercessão é o mapeamento espiritual. É fundamental o discernimento para pesquisar e
rastrear a história pessoal, familiar (hereditária) e territorial, as feridas,
os traumas, pecados repetitivos, valores invertidos que expressam a identidade
do “principado local”, as alianças quebradas, as profecias e os legados
demoníacos, crimes relevantes e derramamentos de sangue e etc.
Confissão inteligente
Quanto
melhor um sintoma é mapeado, mais inteligente e precisa torna-se a confissão e
a intercessão. A confissão inteligente é o aspecto mais importante da
intercessão.
O
sucesso de uma libertação depende do acerto no diagnóstico. O mapeamento
espiritual nos conduz com profundidade ao diagnóstico correto que nos permite
fazer intercessões e confissões inteligentes, objetivas e fulminantes, com
resultados precisos.
Áreas a serem mapeadas
1 – Campo da Herança
– Nesse campo analisamos tudo o que envolve a história familiar e história
pessoal até a idade da razão, como abusos, injustiças, cadeias pecaminosas,
traumas que obedecem um mesmo padrão de atividade, feridas e etc.
1.1 – Passado genealógico numa esfera de 3
ou 4 gerações – Libertação envolve confronto direto com espíritos malignos
que se alojaram em nossa árvore genealógica.
“...que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à
terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem.” (Ex 20:5)
1.2 – História da Concepção – É
necessário analisar aspectos morais e espirituais. Se a criança foi planejada
ou não, se é fruto de um relacionamento amparado pela aliança do casamento ou
se foi gerada na imoralidade. Brechas na concepção, delegam aos demônios um
direito de perseguição.
1.3 – História da Gestação – Aqui é
necessário analisar aspectos morais e emocionais. A escolha do nome, rejeição
ao sexo da criança, palavras de rejeição e intenção de abortar a criança, se
houve consagração da criança a alguma entidade e etc.
1.4 – Parto – Analisar traumas e
consagrações espirituais.
1.5 – História da infância até a idade da
razão – Abusos emocionais, abusos sexuais, abandono, consagração (batismos)
a entidades e muitas outras situações extremas que devem ser consideradas.
2 – Campo da responsabilidade pessoal – Analisar escolhas conscientes que
foram feitas no aspecto emocional e espiritual.
3 – Campo da territorialidade – Analisar injustiças, crimes de
sangue que aconteceram no ambiente territorial onde a pessoa reside ou residiu.
Causas de Maldição
1 – Iniqüidade dos
Pais – Herança Familiar
“Perecereis entre as nações, e a terra dos vossos inimigos
vos consumirá. Aqueles que dentre vós ficarem serão consumidos pela sua
iniqüidade nas terras dos vossos inimigos e pela iniqüidade de seus pais com eles serão consumidos.” ( Lv
26:38-39).
“Vossos filhos serão pastores neste deserto quarenta anos
e levarão sobre si as vossas
infidelidades, até que o vosso cadáver se consuma neste deserto.” (Nm
14:33)
“Preparai a matança para os filhos, por causa da maldade de seus pais, para que não se levantem, e
possuam a terra, e encham o mundo de cidades.” (Is 14:21)
Precisamos
entender o que é iniqüidade. A iniqüidade embute dois conceitos básicos:
a)
Pecados não resolvidos ou nunca confessados e que se
repetem a cada geração.
b)
E os castigos que esses pecados acarretam para as gerações
futuras.
De acordo com
os textos bíblicos acima citados (e poderíamos usar muitos outros) podemos ver
a forma como os filhos recebiam conseqüências graves por causa do pecado dos
pais.
2 – Quebra de Alianças
a)
Quebra de aliança no casamento
“Pois o Senhor Todo-Poderoso de Israel diz: Eu odeio o
divórcio; eu odeio o homem que faz uma coisa tão cruel assim. Portanto, tenham
cuidado, e que ninguém seja infiel à sua mulher.”
(Ml 2:16)
b)
Quebra de aliança com Deus – Apostasia
“Ninguém, de nenhum modo, vos engane,
porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o
homem da iniqüidade, o filho da perdição.” ( II Ts 2:3)
Em
Deuteronômio 28 temos uma lista com mais de 50 versículos de maldições que vêm
como conseqüência da apostasia.
3 – Idolatria
“Maldito
o homem que fizer imagem de escultura ou de fundição, abominável ao Senhor,
obra de artífice, e a puser em lugar oculto. E todo o povo responderá: Amém!”
(Dt 27:15)
“Prata e ouro são os ídolos deles, obra das mãos de
homens.Têm boca e não falam; têm olhos e não vêem; têm ouvidos e não ouvem; têm
nariz e não cheiram. Suas mãos não apalpam;
seus pés não andam; som nenhum lhes sai da garganta.
Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem e quantos neles confiam.” (Sl
115:4-8)
A
maldição da idolatria é que a pessoa se torna tal como o ídolo. Há uma permuta de identidade e a pessoa se
torna insensível espiritualmente e embrutecida como o ídolo.
Precisamos
entender que idolatria não é apenas se prostrar diante de imagens em adoração,
mas, tudo aquilo que ocupa o lugar de Deus em nosso coração, podemos idolatrar
pessoas, coisas, dinheiro e etc. Por isso João em primeira epistola nos
adverte:
“Filhinhos, guardai-vos dos ídolos.”(I Jo 5:21)
4 – Rebelião contra os pais
“Maldito aquele que desprezar a seu pai ou a sua mãe. E
todo o povo dirá: Amém!”
(Dt 27:16)
A
rebelião contra pais gera uma série de maldições:
a)
Sequidão,
miséria e esterilidade
“Depois de ter consumido tudo,
sobreveio àquele país uma grande fome, e ele começou a passar necessidade.” (Lc
15:14)
b)
Cegueira e
falta de direção
“A quem amaldiçoa a seu pai ou a sua
mãe, apagar-se-lhe-á a lâmpada nas mais densas trevas.” (Pv 20:20)
c)
Morte
prematura
“Honra teu pai e tua mãe, para que se
prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá.” (Ex 20:12)
5 – Pecados encobertos
“O que encobre as suas transgressões jamais prosperará;
mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.” (Pv 28:13)
“Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus
ossos
pelos meus constantes gemidos todo o dia.” (Sl 32:3)
6 – Falta de perdão
“Então, o seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo
malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias tu,
igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti?
E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que lhe pagasse
toda a dívida. Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não
perdoardes cada um a seu irmão.” (MT 18:32-35)
Se
oferecermos uma graça inferior a que recebemos de Deus, praticamos injustiça e
muitas maldições e tormentos se instalam na vida da pessoa.
A própria salvação está correndo
risco quando há falta de perdão. Falta de perdão anda de mãos dadas com a
apostasia.
7 – Jugo desigual
“Nessa época, descobri também que muitos judeus haviam
casado com mulheres de Asdode, de Amom e de Moabe. Metade dos seus filhos
falava a língua de Asdode ou outra língua e não sabia falar a língua dos
judeus. Eu repreendi aqueles homens e os amaldiçoei; bati neles e arranquei os
seus cabelos. E exigi em nome de Deus que fizessem a promessa de que nunca mais
nem eles nem os seus filhos casariam com estrangeiras. Eu disse a eles:
– Foram mulheres estrangeiras que fizeram o rei Salomão
pecar. Ele era mais famoso do que todos os reis das outras nações. Deus o amou
e o pôs como rei de todo o povo de Israel, e no entanto ele caiu nesse pecado.
Será que nós vamos seguir o exemplo dele e desobedecer ao nosso Deus, casando
com mulheres estrangeiras?” (Ne 13:23-27)
“Judá tem sido desleal, e abominação se tem cometido em
Israel e em Jerusalém; porque Judá profanou o santuário do Senhor, o qual ele
ama, e se casou com adoradora de deus estranho. O Senhor eliminará das tendas
de Jacó o homem que fizer tal, seja quem for, e o que apresenta ofertas ao
Senhor dos Exércitos.” (Ml 2: 11-12)
Jugo desigual
é uma aliança espiritual com demônios, consolidada através de sociedades ou casamentos
com pessoas ímpias. Esse foi o pecado de Salomão.
A
principal maldição que acompanha o jugo desigual é a apostasia. A pessoa está
colocando sobre si mesma uma jugo de ex-comunhão do Corpo de Cristo.
8 – Palavras proferidas por pais ou autoridades
Essas
foram as palavras de Josué:
"Naquele tempo, Josué fez o povo
jurar e dizer: Maldito diante do Senhor seja o homem que se levantar e reedificar
esta cidade de Jericó; com a perda do seu primogênito lhe porá os fundamentos
e, à custa do mais novo, as portas” (Js 6:26)
Séculos depois
essa palavra não tinha perdido o vigor:
“Em seus dias, Hiel, o betelita,
edificou a Jericó; quando lhe lançou os fundamentos, morreu-lhe Abirão, seu
primogênito; quando lhe pôs as portas, morreu Segube, seu último, segundo a
palavra do Senhor, que falara por intermédio de Josué, filho de Num.” (I Rs
16:34)
9 – Todo envolvimento com o espiritismo, feitiçaria e
satanismo
“Muitas serão as penas dos que trocam o
Senhor por outros deuses;...” (Sl 16:4)
“Mas ambas estas coisas virão sobre ti num momento, no
mesmo dia, perda de filhos e viuvez;
virão em cheio sobre ti, apesar da multidão das tuas feitiçarias e da
abundância dos teus muitos encantamentos.” (Is 47:9)
“Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu
filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem
feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os
mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor; e por estas abominações
o Senhor, teu Deus, os lança de diante de ti.” (Dt 18:10-12)
Sofrimento
multiplicado, perda de filhos e viuvez precoce, distanciamento de Deus,
destruição, morte e todo tipo de miséria constituem as maldições do
envolvimento com o ocultismo. Tudo que foi recebido no espiritismo deve ser
radicalmente renunciado.
10 – Invocação do espírito de morte
a)
Tentativa de
suicídio – Todas as vezes que uma tentativa de suicídio é praticada, a
pessoa torna-se ainda mais deprimida e com profundo sentimento de fracasso em
relação ao motivo pelo qual desejou tirar sua própria vida. Suicídio trás legado de depressão e fracasso para
linhagem.
b)
Aborto – Além de trazer um legado de morte
sobre a descendência, também prende a pessoa em um contexto de esterilidade em
áreas especificas de sua vida.
c) Reza ou devoção a santos – Rezar a um
santo é cultuar um morto. Invocação de mortos é um ato de feitiçaria, cada vez
que isso ocorre a pessoa esta caindo no engano da necromancia.
“O homem ou mulher que sejam
necromantes ou sejam feiticeiros serão mortos; serão apedrejados; o seu sangue
cairá sobre eles.” (Lv 20:27)
d) Homicídio – Traz um espírito de
perseguição e prisão.
“O vingador do sangue, ao encontrar o
homicida, matá-lo-á.” (Nm 35:19)
11 – Roubo
A Bíblia é categórica ao afirmar que a cobiça
prende a alma e traz perturbação para o lar. O enriquecimento ilícito é uma
forma direta de vender a família. Outro problema que causa maldição é quando o
homem rouba a Deus através da infidelidade nos dízimos e nas ofertas.
“Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis:
Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados,
porque a mim me roubais, vós, a nação toda.” (Ml 3:8-9)
“Maldito aquele que mudar os marcos do seu próximo. E todo
o povo dirá: Amém!” (Dt 27:17)
12 – Perversão sexual
Toda
relação sexual fora do padrão estabelecido por Deus, ou seja, entre um homem e
uma mulher amparados pela aliança do casamento é um pacto de sangue com
espíritos de imoralidade e perversão sexual, abrindo portas para esses demônios
causarem vários problemas na área sexual e emocional das pessoas que se
envolvem nesses pecados.
“Ou não sabeis que o homem que se une à prostituta forma
um só corpo com ela? Porque, como se diz, serão os dois uma só carne.”(I Co
6:16)
“Fugi da impureza. Qualquer outro pecado que uma pessoa
cometer é fora do corpo; mas aquele que pratica a imoralidade peca contra o
próprio corpo.”(I Co 6:18)
Toda perversão
sexual gera maldições de caráter hereditário, impondo uma extrema resistência para
que a pessoa não fique no Corpo de Cristo. Eis as principais perversões
sexuais:
a)
Prostituição – Amaldiçoa simultaneamente a vida
sexual e a financeira.
“Não trarás salário de prostituição
nem preço de sodomita à Casa do Senhor, teu Deus, por qualquer voto; porque uma
e outra coisa são igualmente abomináveis ao Senhor, teu Deus.” (Dt 23:18)
b)
Homossexualismo – Destrói a identidade
sexual,levando aos níveis mais abomináveis de perdição e corrupção.
“Se também um homem se deitar com
outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável; serão
mortos; o seu sangue cairá sobre eles.” (Lv 20:13)
c)
Bestialidade – Atração e pratica sexual com
animais. A maldição da bestialidade é a confusão. Em toda relação sexual existe
um compartilhamento de identidade. Torna-se uma só carne.
“Se uma mulher se achegar a algum
animal e se ajuntar com ele, matarás tanto a mulher como o animal; o seu sangue
cairá sobre eles.” (Lv 20:16)
Processo de Crucificação
A
crucificação é absolutamente a única resposta suficiente para o homem decaído.
As feridas precisam da cura cruz. Os pecados precisam do perdão da cruz. As
maldições precisam da libertação da cruz. As crenças irracionais precisam do
conhecimento da cruz.
Você
pode ter um excelente diagnóstico, mas se o remédio for inadequado não haverá
cura.
A
crucificação é simplificadamente o processo de transferir para Jesus nossos
pecados, maldições (legados hereditários), dores e enfermidades (Is 53). Não
basta apenas Jesus ter levado profeticamente todas estas coisas na cruz, é
necessário uma atitude pessoal de transferi-las especificamente. Precisamos de
uma identificação com a cruz de Cristo.
Precisamos
conhecer esse processo, o que adiantaria o fato de Jesus ter pago o preço pela
culpa da humanidade se nem ao menos sabemos disto. Ter o direito a salvação não
significa ter a salvação. O fato de Jesus ter morrido por todos significa que
todos já estão imediatamente salvos? Obviamente que não.
Jesus
morreu para romper todo legado de maldição e enfermidade. Mas todos estão
completamente libertos e curados? Temos que admitir que não.
Quando
entendemos, cremos e aceitamos o que Jesus fez por nós na cruz, passamos a ter
o direito a uma vida totalmente livre, saudável e abundante. Porém, desfrutar
eficazmente desta vida é muito mais do que ter o direito a ela. Apesar de todo
crente ter o direito a uma vida totalmente liberta, na verdade poucos a têm.
Existe uma distância entre ter o direito a uma vida livre e realmente ter essa
vida livre e abundante. Essa é a mesma distancia entre a cruz e a crucificação.
A cruz de Cristo não adianta nada se não temos a disposição voluntária de
sermos crucificados.
Acertando o Alvo
A crucificação pode ser definida
resumidamente no processo de negar a si mesmo. Vamos
analisar os vários parâmetros da crucificação. Estas são as “armas do sangue”,
os mais poderosos princípios de libertação.
“Eles, pois, o venceram
por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram
e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida.”
(Ap 12:11)
1 – Humilhação – É o processo renunciar a reputação
com o objetivo de tratar responsavelmente dos pecados, feridas, abusos e causas
de maldição.
“se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos,
então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua
terra.” (II Cr 7:14)
De acordo com esse
texto, o primeiro passo, para sermos não só perdoados, mas, também sarados das
conseqüências do pecado é a humilhação voluntária.
Devemos nos humilhar de forma voluntária, como
fruto do nosso reconhecimento de que estamos vivendo uma vida que desagrada a
Deus. Quando fazemos isso, estamos concordando com o Espírito Santo que habita
em nós e nos convence do pecado da justiça e do juízo (Jo 16:8).
2 – Confissão – É o processo de expor a Deus e uma outra pessoa o pecado pessoal ou
intercessória. Não estamos só reconhecendo nossa culpa, diante de Deus e dos
homens, mas, também concordando com Deus e seu Espírito Santo que habita em
nós: da nossa condição de pecadores e da nossa profunda carência do perdão do
nosso Pai.
A confissão nos leva a recebermos três dádivas de
Deus:
“Se confessarmos
os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos
purificar de toda injustiça.” (I Jo 1:9)
1 – Perdão dos pecados confessados – Isso significa que toda carta de acusação que era contra nós foi
cancelada e cravada na cruz. (Cl 2:14)
Quando confessamos
nossos pecados de forma sincera e correta, Deus não se lembra mais deles (Hb 8:12).
2 – Purificação
de toda injustiça – Todo pecado praticado, gera como uma das suas
conseqüências uma contaminação espiritual e emocional. A única forma de nos
sentirmos livres dessa sensação de impureza espiritual e emocional, é através
da confissão, que nos purifica de toda injustiça do pecado cometido.
3 – Cura das feridas causadas pelo pecado –
“Confessai, pois, os vossos pecados
uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.” (Tg
5:16)
Uma das
conseqüências do pecado são as feridas e enfermidades espirituais, emocionais e
algumas vezes físicas. Muitas vezes são feridas tão profundas que causam a
morte em muitas áreas da vida. Não podemos negligenciar essa verdade, muitas
pessoas são perdoadas dos seus pecados, purificadas de toda impureza, mas,
ainda estão feridas e precisam de cura. Muitos pecados se tornaram uma prisão para
muita gente, porque nunca conseguiram confessá-los a alguém.
Infelizmente não são todas pessoas da igreja que
estão aptas a ouvir a confissão e orar para que haja cura, já que, a falta de
maturidade de muitos os impedem de serem esse canal de benção, por isso, é necessário
procurarmos pessoas capacitadas para essa obra específica; conselheiros maduros
que Deus separou para esse ministério.
3 –
Arrependimento – A raiz da palavra arrependimento quer dizer
“mudança de mente, ou mudança de coração e de atitude”, e isto especialmente a
respeito do pecado e do relacionamento com Deus. Significa uma volta completa,
uma mudança de direção.
Arrependimento não é convicção de pecado e confissão, embora as duas
coisas façam parte dele.
Arrependimento se consuma na mudança, no abandono do pecado e do estilo
de vida pecaminoso.
Fases do arrependimento: A decisão de nos ajustar a
vontade de Deus
- Começa com a tristeza pelo pecado gerada
por Deus– “Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação,
que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do mundo produz morte” (II Co 7:10).
- Passa pela
humilhação: “se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus
caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua
terra.” (II Cr 7:14)
- Pela confissão: Confessei-te o meu pecado e a minha iniqüidade não mais ocultei. Disse:
confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniqüidade do
meu pecado. (Sl 32:5) e “Se
confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados
e nos purificar de toda injustiça.” (IJo:1:9).
-
E termina no abandono do pecado: “O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as
confessa e deixa alcançará misericórdia.” (Pv 28:13).
Não existe vida cristã autêntica e relacionamento com Deus
sem arrependimento.
4
– Perdão – Perdoar é o processo de enfrentar
responsavelmente nossas feridas e ressentimentos. Sem perdoar não podemos ser
perdoados. Perdão não é um sentimento, é um mandamento, nossa posição é
decidirmos obedecer. Quando decidimos perdoar escolhemos o caminho da cruz, e
só da cruz é que podemos dizer: “pai perdoa-os porque não sabem o que fazem”.
“Porque,
se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos
perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco
vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.” (Mt 6:14-15)
5 – Renúncia – É o ato de entregar a Deus tudo aquilo que nos separa dele e também o
processo complementar do arrependimento no sentido de desfazer e anular pactos,
alianças, acordos, pedidos, rezas, crenças e etc. em relação a entidades
demoníacas.
Assim, pois,
todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu
discípulo. (Lc 14:33)
6 – Restituição
– É o processo de retratar, devolver e restaurar
aquilo que foi danificado, subtraído ou defraudado na vida de outras pessoas.
“Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo: Quando alguma pessoa pecar, e
cometer ofensa contra o Senhor, e negar ao seu próximo o que este lhe deu em
depósito, ou penhor, ou roubar, ou tiver usado de extorsão para com o seu
próximo; 3ou que, tendo achado o perdido, o negar com falso juramento, ou fizer
alguma outra coisa de todas em que o homem costuma pecar, será, pois, que,
tendo pecado e ficado culpada, restituirá aquilo que roubou, ou que extorquiu,
ou o depósito que lhe foi dado, ou o perdido que achou, 5ou tudo aquilo sobre
que jurou falsamente; e o restituirá por inteiro e ainda a isso acrescentará a
quinta parte; àquele a quem pertence, lho dará no dia da sua oferta pela
culpa.” (Lv 6:1-4)
7 –
Reconciliação – É o processo de desfazer as barreiras. A
reconciliação geralmente engloba todos os aspectos mencionados anteriormente
com o objetivo de reatar pessoalmente ou intercessoriamente relacionamentos rompidos e marcados por
fortes barreiras de amargura, ressentimento, ódio, vingança e etc.
“Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de
Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em
Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas
transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação.”(II Co 5:18-19)
8 – Intercessão – É o processo de tomar o lugar de
outra pessoa aplicando o sacrifício de Jesus em relação às conseqüências dos
pecados praticados por esta pessoa. Todos os aspectos da crucificação mencionados
anteriormente podem ser praticados intercessoriamente.
A
intercessão lida apenas com a conseqüência do pecado e não com a culpa do
pecado. Quando você confessa as iniqüidades de um antepassado, não quer dizer
que esta pessoa está sendo redimida da sua culpa, mas sim que as conseqüências
e influências malignas daquela culpa sobre a sua descendência estão sendo
amenizadas ou canceladas.
“Decorrido o turno de dias de seus banquetes, chamava Jó a
seus filhos e os santificava; levantava-se de madrugada e oferecia holocaustos
segundo o número de todos eles, pois dizia: Talvez tenham pecado os meus filhos
e blasfemado contra Deus em seu coração. Assim o fazia Jó continuamente.” (Jó
1:5)
Princípios
básicos da intercessão
“Pois assim
como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação,
assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para
a justificação que dá vida.” (Rm 5:18)
Esse texto retrata o
aspecto intercessório da morte de Jesus, focalizando o poder da intercessão legado
ao Corpo de Cristo. A morte intercessória de Jesus sancionada pela confissão
corporativa de pecados e iniqüidades em relação a nossa linhagem satisfaz a
justiça de Deus, desautorizando a permanência de demônios e reintegrando o
direito de influência sobre nossa família e descendência ao Espírito Santo.
Assim como o pecado de
uma pessoa deixa uma conseqüência para muitas, pelo mesmo princípio a
intercessão de uma pessoa pode resgatar a muitos destas mesmas influências e
conseqüências.
a) O principio da identificação –
Através da intercessão podemos nos identificar com o corpo a que pertencemos,
seja ele familiar, denominacional, territorial, etc. Na identificação podemos
sentir o que a pessoa está sentindo, como também orar a oração do coração de
Deus.
b) O princípio do resgate – Quando você confessa intercessoriamente as iniqüidades de uma outra
pessoa, você estabelece um processo de resgatá-la da conseqüências que ela
deveria sofrer e mais que isto, acontece uma forte confrontação dos demônios
que estão cegando e manipulando a pessoa por quem intercedemos. Dessa forma,
não só afastamos os demônios como viabilizamos a ação da presença de Deus na
vida da pessoa.
c) O principio da colisão – Através da intercessão não apenas servimos como escudo para as pessoas
como também colidimos com as forças e influências demoníacas infiltradas,
desalojando-as. Normalmente o intercessor sente o impacto dessa colisão no
momento da libertação.
d) O princípio do ato profético
– Quando você confessa os pecados de uma pessoa,
você está construindo uma realidade espiritual onde esta pessoa por quem você
está intercedendo fará por si, no tempo oportuno, a mesma confissão.
e) O principio da coletividade – No âmbito de uma linhagem, a confissão intercessória restaura os
lugares antigamente assolados de geração em geração. Portanto quando
confessamos intercessoriamente os pecados das nossas gerações antepassadas
promovemos um beneficio coletivo.
Elementos que
fortalecem a intercessão
a)
Perímetro de unidade – “se o meu povo, que se chama pelo meu nome,
se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então,
eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.” (II Cr 7:14)
b)
Nível de concordância – “Dar-te-ei
as chaves do reino dos céus; o que ligares na terra terá sido ligado nos céus;
e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus.” (Mt 16:19)
c)
Perseverança – “Sobre os
teus muros, ó Jerusalém, pus guardas, que todo o dia e toda a noite jamais se
calarão; vós, os que fareis lembrado o Senhor, não descanseis, nem deis a ele
descanso até que restabeleça Jerusalém e a ponha por objeto de louvor na
terra.” (Is 62:6-7).
Bibliografia
Padrão do Aconselhamento na Libertação - Pr. Coty.
FONTE: https://www.verdadesquelibertam.com.br/apostilas/
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